Remédios e suplementos: o que realmente funciona? Podcast Bem Envelhecer

A automedicação é uma prática comum no mundo todo, especialmente no Brasil, onde segundo uma pesquisa feita pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), cerca de 77% dos brasileiros admitem se automedicar regularmente.

“Medicalização está entranhada no Brasil, nós consumidos mais fármacos que Índia e China, por exemplo”, afirma Thiago de Melo farmacêutico, PhD, cientista, professor e convidado do podcast Bem Envelhecer MedSênior.

Neste episódio, os apresentadores Maycon Oliveira e Luanna Esteve recebem Thiago de Melo para uma conversa muito interessante sobre medicamentos, automedicação e os riscos dessa prática. E suplementos queridinhos do momento tipo creatina, colágeno, ômega 3 e até algumas vitaminas viraram assunto. Será que elas realmente funcionam?

Aqui neste texto a gente dá alguns spoilers e já adianta algumas informações muito importantes. Confira!

Lembrando que o segundo episódio da segunda temporada do podcast Bem Envelhecer MedSênior já está disponível aqui.

Por que a automedicação em idosos é tão comum?

Vários motivos explicam por que a medicação em idosos é tão comum e os principais vão desde a falta de informações adequadas, até um sistema cultural e, claro, a facilidade de se conseguir remédios. No Brasil, analgésicos, anti-inflamatórios e antiácidos, por exemplo, podem ser comprados em qualquer farmácia sem a necessidade de consulta médica.

“Nós fomos treinados ao longo da vida para buscar sempre recursos para nos transformamos em pouco tempo. É tipo o espinafre do Popeye. Então, acho que o nosso principal papel seja trazer educação desde cedo. Hoje temos idosos que são frutos do meio em que sempre viveram”, exemplifica o especialista.

E se você é daquelas pessoas que acham que farmácias estão se multiplicando por aí saiba que isso é um fato e não só um palpite. Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta que deve haver uma farmácia para cada 8 mil habitantes. Em algumas regiões brasileiras, a realidade é uma drogaria para 800 pessoas.

Quais são os riscos da automedicação?

Os riscos da automedicação em idosos são muitos e podem ser graves. Um dos principais é a interação medicamentosa, que ocorre quando diferentes substâncias reagem entre si, potencializando ou reduzindo seus efeitos. O efeito é chamado de iatrogenia e, infelizmente, está cada vez mais comum na geriatria.

Outro problema são as reações adversas, que podem variar desde sintomas leves, como tontura e enjoo, até complicações sérias, como insuficiência renal ou hepática. Os riscos da automedicação também incluem a intoxicação medicamentosa, um problema comum em pessoas que tomam doses excessivas de analgésicos ou anti-inflamatórios para aliviar dores crônicas.

Suplementos para idoso: quais os mais comuns?

Creatina, colágeno, ômega 3, vitamina D, Ora-pro-nóbis… a oferta de suplementos para idosos nunca foi tão alta e intensa. Mas afinal, eles funcionam? Thiago de Melo, que é farmacêutico diz que é preciso levar em consideração a individualidade.

A creatina, por exemplo, é recomendada, principalmente para pessoas com mais de 60 anos. Esse uso, contudo, deve ser feito a partir da orientação de um profissional de saúde. E não, ela não causa lesão nos rins.

“A creatinina é uma substância acompanhada pelos médicos, presente na urina, para avaliar se a função dos rins está preservada. Acontece que, ao tomar creatina – com a prescrição de um profissional – naturalmente haverá mais creatinina no organismo do paciente e isso não significa problema nos rins. Essa relação, quando há do suplemento, já foi derrubada pela ciência”, afirma.

No caso do colágeno, muito comum para fins estéticos, a atenção deve redobrada principalmente se ela for consumida por via oral. No mais novo episódio do podcast Bem Envelhecer MedSênior o especialista ainda tira dúvidas sobre vítimas ou outros suplementos que estão na moda.

Ouça e assista já!

Onde ouvir o Podcast Bem Envelhecer?

Os episódios são publicados mensalmente e você pode ouvi-los nos canais da MedSênior no YouTube  e no Spotify, além do jornal online Folha Vitória. Nesta temporada, nós já falamos sobre:

Remédios e suplementos – O que realmente funciona?

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