
Informação também é uma forma de cuidado. Por isso, a MedSênior criou este guia, com o propósito de oferecer um conteúdo claro, preciso e confiável sobre o câncer de mama, abordando o que é, como identificar seus sinais, entender os fatores de risco, as formas de prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento.
Mais do que um compilado de informações, ele representa o compromisso da MedSênior em promover informação de qualidade e acolhimento baseado em ciência, ajudando mulheres e homens a compreenderem melhor essa condição e a enfrentá-la com confiança e esperança.
O conteúdo foi elaborado com o apoio dos especialistas em câncer de mama que atuam na empresa, refletindo o cuidado técnico e humano que move cada atendimento.
Aqui, você encontrará respostas, orientações e conhecimento atualizado sobre uma das doenças que mais desafiam a saúde feminina — e também exemplos de como a medicina, a prevenção e o autocuidado podem transformar histórias.
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O que é câncer de mama?
O câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação incomum e descontrolada de células na mama, que podem formar um tumor. Essas células anormais podem invadir tecidos vizinhos ou espalhar-se (metástase) para outras partes do corpo.
“Ele é o tipo mais comum de câncer entre as mulheres no Brasil e no mundo, embora também possa afetar homens, sendo mais raro nesta população. O câncer de mama pode ser curado se diagnosticado precocemente e tratado adequadamente, tendo bom prognóstico e melhores resultados”, explica o médico mastologista Sergio Wilson Alves Pereira.
Tipos de câncer de mama
Existem diferentes tipos de câncer de mama, com características distintas:
➡️ Carcinoma ductal in situ (CDIS): células anormais nos ductos mamários, sem terem invadido o tecido adjacente.
➡️ Carcinoma ductal invasivo (ou infiltrante): o tipo mais comum, que invade o tecido mamário e pode atingir linfáticos ou vasos sanguíneos.
➡️ Carcinoma lobular invasivo: originado nos lobos mamários.
➡️ Subtipos especializados (HER2-positivo, triplo negativo etc.), que influenciam o prognóstico e as opções de tratamento.
➡️ Há ainda outras formas menos comuns, como carcinoma inflamatório, carcinoma papilífero, entre outros.
“Vale lembrar que cada caso é único e o diagnóstico detalhado, analisado por um médico é o que orienta o tratamento mais adequado”, alerta o mastologista.
Câncer de mama: fatores de risco e causas mais comuns
Compreender os fatores que aumentam a probabilidade de desenvolver câncer de mama é essencial para prevenção e vigilância. Alguns mais comuns são:
Histórico familiar: Ter parentes de primeiro grau (mãe, irmã, filha) com câncer de mama eleva o risco. Estima-se que cerca de 5 % a 10 % dos casos de câncer de mama estejam associados a mutações hereditárias.
Alterações hormonais: As exposições hormonais ao longo da vida influenciam o risco de câncer de mama. Terapia hormonal de reposição após a menopausa pode aumentar esse risco — por isso deve ser usada com supervisão médica rigorosa.
Idade e influência da menopausa: o risco de câncer de mama aumenta com a idade. Mulheres na pós-menopausa têm risco maior devido à diminuição nos níveis hormonais.
Estilo de vida e hábitos de risco: alguns comportamentos podem facilitar o desenvolvimento de câncer de mama. Os principais são obesidade e sobrepeso, especialmente após a menopausa, sedentarismo, consumo de álcool, dieta rica em gorduras saturadas e não ter tido filhos ou ter tido primeiro filho em idade avançada.
Sintomas do câncer de mama
Saber identificar os sinais é essencial para o diagnóstico precoce do câncer de mama.
Conheça os mais comuns:
✔️ Nódulo palpável
✔️ Rebaixamento ou retração da pele (pele com aspecto de casca de laranja)
✔️ Retração ou inversão do mamilo
✔️ Edema ou inchaço na mama
✔️ Alterações na pele como vermelhidão, descamação ou úlceras
“Qualquer um desses sinais, que diferem uma mama da outra, já serve de alerta para que a paciente procure seu mastologista”, afirma o médico.
Diferença entre nódulos benignos e malignos
Nem todo nódulo mamário indica câncer de mama, sendo que alguns nódulos podem ser benignos. Neste caso, ele costuma ser móvel, macio e com contornos definidos. Já os malignos tendem a ser endurecidos, fixos (aderidos ao tecido), com bordas irregulares.
Porém, apenas exames de imagem e biópsia podem confirmar a real natureza do nódulo.
Sintomas menos conhecidos
Além dos sintomas mais comuns do câncer de mama, o paciente também pode sentir dor persistente ou sensibilidade em parte da mama, alterações no formato ou contorno da mama, linfadenopatia (nódulos palpáveis nas axilas), dor óssea, falta de ar, perda de peso (em casos de metástase). Ao notar esses sinais procure imediatamente um médico, pois ele deverá pedir orientar uma investigação cuidadosa.
Como identificar o câncer de mama
A detecção precoce é um dos pilares no enfrentamento do câncer de mama. O autoexame permite que a mulher conheça sua mama e identifique alterações. Contudo, ele não é substitutivo dos exames médicos.
Durante o autoexame ou exame clínico, deve-se observar:
🩷 Alterações de contorno, assimetria
🩷 Pele retraída, ondulações, engrossamentos
🩷 Modificações no mamilo
🩷 Sensibilidade localizada ou secreção
Se houver qualquer alteração, é importante procurar avaliação médica.
Primeiros sinais do câncer de mama
Muitas vezes, as alterações iniciais são sutis e silenciosas — o que reforça a atenção preventiva.
Por exemplo, uma leve retração de pele ou discretas alterações no mamilo podem ser os primeiros indícios. Essas manifestações iniciais devem motivar investigação médica imediata, mesmo na ausência de dor ou sintomas mais explícitos.
Câncer de mama em situações específicas
Durante a amamentação: Sim, é possível ter câncer de mama durante este período. O problema é que as alterações hormonais e mudanças fisiológicas na mama tornam o diagnóstico mais desafiador.
Em homens: Embora raro, o câncer de mama também atinge homens (cerca de 1 % dos casos). A descoberta costuma se dar em fase mais avançada, pois o diagnóstico costuma demorar.
Como prevenir o câncer de mama
Embora nem todos os casos sejam evitáveis, muitas estratégias ajudam a reduzir o risco de câncer de mama.
O mastologista Sergio Wilson Alves Pereira destaca o exercício físico como principal instrumento de prevenção. “A atividade deve ser feita como terapia! De 40 a 60 minutos por dia, três vezes por semana. Além disso, alimentação saudável, redução no consumo de bebida alcoólica e não uso de tabaco também fazem reduzir as chances de câncer de mama”, lista o mastologista.
Exames preventivos por faixa etária
A médica radiologista da MedSênior Rossana Grasselli explica que a mamografia é um dos principais instrumentos para o diagnóstico precoce do câncer de mama, doença que é uma das principais causas de morte em mulheres.
“O exame revela a presença de tumores malignos em estágios ainda assintomáticos — o que agiliza o início do tratamento e favorece o prognóstico. Quando feita rotineiramente, a mamografia proporciona melhor prognóstico da doença, tratamentos mais simples e eficientes e menores taxas de morbidade associadas”, argumenta a especialista.
Qual a idade para fazer mamografia?
Todas as mulheres acima de 40 anos devem fazer a mamografia. Se o seu médico descobriu que você pode ser uma paciente de alto risco para desenvolver o câncer de mama, podem ser necessários outros exames como ultrassonografia ou a ressonância magnética.
E vale lembrar: o rastreamento deve ser discutido com médico, considerando o risco individual.
Exames para detectar o câncer de mama
Rossana explica que a investigação para detecção do câncer de mama envolve outros exames além da mamografia que, como já explicado, em geral deve ser feito anualmente, a partir dos 40 anos. Outros recursos complementares são:
Ultrassonografia mamária: útil em mamas densas, complemento da mamografia ou exame inicial em mulheres jovens.
Ressonância magnética (RM): usada em casos de alto risco ou para caracterização adicional de lesões.
Autoexame não substitui exame médico
A prática do autoexame contribui para o autoconhecimento, mas não substitui exames clínicos e de imagem. Diretrizes oficiais já não mais recomendam o autoexame como método de rastreamento isolado.
É fundamental que alterações suspeitas sejam avaliadas profissionalmente.
O câncer de mama tem cura?
Essa é uma pergunta comum e muito importante: o câncer de mama pode sim ser curado, principalmente quando detectado precocemente.
“As taxas de cura variam conforme o estágio da doença no momento do diagnóstico — quanto mais inicial, melhores as chances. Em estágios I e II, a sobrevida em 5 anos pode ser alta”, responde o mastologista Sergio Wilson Alves Pereira.
Câncer de mama: impacto do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce é decisivo para a cura: permite tratamentos menos agressivos, menor risco de metástase e maior qualidade de vida. Isso reforça a importância do rastreamento regular, vigilância e educação em saúde.
Tratamentos disponíveis para o câncer de mama
O tratamento do câncer de mama é multidisciplinar e depende de características individuais do tumor e da paciente. Os especialistas da MedSênior listaram os mais habituais:
🩷 Cirurgia: pode ser conservadora (retirada do tumor com margem) ou mastectomia (remoção da mama). A reconstrução mamária pode ser considerada em casos de mastectomia.
🩷 Radioterapia: usada após cirurgia conservadora ou em alguns casos após mastectomia para reduzir o risco de recidiva local.
🩷 Quimioterapia: tratamento sistêmico para eliminar células cancerígenas residuais ou impedir disseminação.
🩷 Terapia hormonal: indicada se o tumor expressar receptores hormonais.
🩷 Terapias alvo e imunoterapia: em casos específicos (ex. HER2-positivo).
🩷 Tratamento complementar: acompanhamento psicológico, fisioterapia, apoio nutricional.
Câncer de mama: acompanhamento após o tratamento
Após a fase ativa, monitoração contínua é essencial. Para isso, deve-se comparecer às consultas de rotina e fazer os exames de imagem conforme protocolo. Também é muito importante recorrer ao acolhimento psicológico e suporte à qualidade de vida.
Bem Envelhecer é com a MedSênior
O enfrentamento do câncer de mama exige informação qualificada, diagnóstico oportuno e acompanhamento contínuo. Por isso, a MedSênior reforça seu compromisso em oferecer cuidado integral e especializado, pautado nas melhores práticas médicas e na atualização constante de seus profissionais.
Por meio da prevenção, do monitoramento e do tratamento conduzido por equipes multidisciplinares, a empresa reafirma sua missão de promover saúde, bem-estar e qualidade de vida para seus beneficiários.
Acreditamos que o acesso à informação confiável é um dos pilares para decisões conscientes e para uma jornada de cuidado mais segura e humanizada.
