
Quem não gosta de um bom chocolate? Seja ele em uma bebida bem quentinha, tabletes, ou em uma sobremesa após o almoço, o doce é um dos mais consumidos pelos brasileiros. Segundo reportagem publicada na revista Exame, cada pessoa no Brasil consome, anualmente, 2,5kg de chocolate, o que é bastante surpreendente.
Antes de entender mais sobre o doce, é importante entender sua origem e produção. O consumo da iguaria não é nada recente. Estima-se que a descoberta do chocolate se deu em 1.500 a.C, da civilização Olmeca, que habitava na região onde hoje é o México. No entanto, nessa época, o cacau (fruta da qual se faz o chocolate) era usado para uma bebida considerada sagrada, feita com baunilha e pimenta.
O cacau é uma fruta tropical, com propriedades antioxidantes que combatem os radicais livres. Esses agentes, que são encontrados no ambiente (através da poluição das grandes cidades, por exemplo), são os grandes responsáveis pelo envelhecimento precoce e pela perda de nutrientes e hidratação do nosso organismo. Sendo assim, suas qualidades já foram estudadas pela ciência por fazer bem à saúde, reduzindo o desenvolvimento do colesterol ruim e até mesmo doenças cardiovasculares.
A fruta foi reconhecida pelos Maias, que ampliaram a produção na América Central. Então, aprimorou-se o alimento feito com base na amêndoa fermentada e torrada do cacau, sendo levado para a Europa e se popularizando a partir dos séculos XVII e XVIII.
Atualmente, o chocolate é o preferido de muitos, mas um verdadeiro vilão para outros. Dessa forma, hoje o MedSênior explica: quais são os benefícios para a saúde? Será que ele é realmente tão ruim para nós quanto imaginamos?
O consumo de chocolate no Brasil
De acordo com dados, o Sul do país é a região que mais consome o doce (em média, 4,5kg por ano), enquanto o Nordeste não parece ser tão fã assim, com um consumo médio de 1,2kg anual.
O chocolate é um alimento bastante atrelado às épocas do ano, sendo mais popular durante o inverno. Além disso, diferentes tipos de chocolate também recebem diferentes tratamentos – as versões ao leite e amargo são as favoritas dentre os consumidores. O chocolate pode, também, melhorar o fluxo sanguíneo, o sistema nervoso, e promover a sensação de bem-estar.
E, assim como proporcionam sensações diferentes ao nosso paladar, cada um deles têm propriedades melhores ou piores para o nosso organismo. Sendo assim, você deve analisar muito bem o tipo, produtor e a forma de consumi-lo, para obter os melhores benefícios. Quer entender mais? Vamos conferir a seguir!
Chocolate amargo e meio amargo
O chocolate amargo e meio amargo são caracterizados por terem doses menores de açúcares e menor processamento industrial. Dada a quantidade de cacau (uma concentração maior do que nos demais), esses tipos de chocolate são os mais indicados para inclusão nas dietas. São doces, mas são menos ricos em gorduras e conservantes artificiais.
Segundo a revista científica Depression & Anxiety, o chocolate amargo tem um grande poder em nosso organismo, com efeitos contra a depressão, reduzindo o risco de desenvolver a doença em até 70%, e diminuindo em 58% os sintomas depressivos. No entanto, para obter esses benefícios, é essencial que sejam chocolates com percentual de cacau acima de 70%.
Chocolate branco e ao leite
Um dos tipos mais comuns de chocolate no mercado, o chocolate ao leite é rico em gorduras e açúcares finos, além de levarem mais conservantes químicos e aromatizantes que caracterizam seu sabor. Portanto, são menos benéficos à saúde em comparação aos outros.
Por conter altas doses de acidulantes, esse tipo de chocolate é considerado um estimulante semelhante à cafeína. O mesmo é válido para o chocolate branco – esse, por sua vez, é produzido essencialmente com gorduras e açúcares, sendo um dos menos recomendados para o consumo.
Sendo assim, caso você esteja considerando tomar um chocolate quente antes de dormir, dê preferência ao cacau em pó com doses menores de açúcar, ao invés dos achocolatados. Caso contrário, o consumo excessivo pode aumentar os riscos de diabetes e problemas no coração.