O projeto em desenvolvimento é resultado de uma parceria entre a MedSênior, a Primer e a Universidade Estadual da Paraíba , por meio da Finep.

Uma palmilha inteligente que trará informações sobre a pressão do pé ao pisar, as características da marcha, a postura, o equilíbrio estático ou em movimento do indivíduo, além de ajudar a identificar possíveis disfunções relacionadas ao sistema ósseo e muscular.

Essa é a proposta do projeto Sense Shoes, que está sendo desenvolvido a partir de uma parceria entre a MedSênior, a Primer e a Universidade Estadual da Paraíba, com financiamento da Finep, obtido através de Edital de Chamada Pública.

De acordo com o especialista em Operações de Saúde do MilSênior (laboratório de inovação da MedSênior), o médico André França, a partir desses dados, será possível, por exemplo, avaliar o risco de quedas em idosos por meio de análise preditiva de inteligência artificial (IA), além de monitorar a evolução além de monitorar a evolução dos pacientes, visando melhorar sua mobilidade e autonomia.

Ele explica que a primeira versão do protótipo da palmilha já está pronta e começou a ser testada em laboratório para avaliação dos recursos de hardware e software, funcionalidades e uso.
“O projeto de pesquisa vai até o fim de 2024. A ideia é que no próximo ano sejam iniciados os testes de validação clínica com pacientes atendidos pelos Núcleos de Autonomia e Independência (NAI) da MedSênior, já que essas unidades existem para oferecer suporte, treinamento e acompanhamento aos beneficiários que experimentam dificuldades de mobilidade e comprometimento de autonomia, que impactam diretamente no bem envelhecer. E oferecer soluções que contribuam para esse bem envelhecer, lançando sobre o idoso o olhar integrado e amplo que ele merece, é o nosso propósito como empresa”, ressalta.

O encaminhamento do beneficiário para as atividades dos núcleos é feito a partir do acompanhamento próximo, do monitoramento e da análise de perfil que marcam o padrão de atendimento da MedSênior nas oficinas oferecidas nos Programas de Saúde Preventiva.

Fazendo parte do núcleo, ele participa de atividades voltadas para a manutenção ou recuperação de sua autonomia seja para realizar atividades dentro da própria casa, para andar na rua ou para se deslocar por meio de transporte coletivo (os núcleos têm inclusive um ônibus para simular experiências reais).

Ao longo desse tempo, os profissionais avaliam a evolução de cada paciente a partir das metodologias convencionais que ganharão um importante aliado com a palmilha Sense Shoes, atualmente em desenvolvimento. “A análise com auxílio de IA trará ao processo mais agilidade, assertividade, além da possibilidade de mais cruzamentos de dados e avaliações”, diz.

França explica que já existem experiências com recursos do gênero no Brasil, mas o custo até então muito alto inviabiliza a aplicação em maior escala. “Pensando no público que atendemos, iniciamos esse trabalho buscando construir uma solução inovadora para uma questão que aflige muitas pessoas e famílias no processo de envelhecimento. Mas é claro que o Sense Shoes pode ter inúmeras outras aplicações, como avaliar riscos de lesão em atletas, ajudando no processo de preparação e treinamento”, considera.

O Sense Shoes