
Os golpes na internet estão cada vez mais comuns, fazendo inúmeras vítimas no Brasil e no mundo. Um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) constatou que, desde o início da quarentena, em 2020, houve um aumento de 60% em tentativas de golpes financeiros, principalmente contra a população acima dos 60 anos, a terceira idade.
Nos dias de hoje, com a facilitação da transação de dinheiro por meio do Pix e até mesmo por aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, também está mais fácil enganar pessoas.
Especialmente pessoas idosas, cuja fase da vida é mais voltada para a casa, família e qualidade de vida, e que podem não estar sempre em contato com a tecnologia, e dependem de outra pessoa para acessar conta bancária, sites de compra e venda e afins.
Esse público está mais suscetível a cair nesses golpes, que envolvem redes sociais, a invasão na política de privacidade e clonagem de cartão de crédito.
Por isso, é necessário sempre manter seus dados seguros, e saber identificar contatos suspeitos que se passam por bancos, amigos e familiares para pedir dinheiro, ou tentam induzir você a ceder informações pessoais.
Pensando nisso, o MedSênior separou dicas de segurança e maneiras de identificar os principais golpes. Fique atento!
Maneiras de identificar um golpe na internet
Os golpes na internet surgem em diferentes formatos, que vão desde falsidade ideológica (se passando por alguém que não são, pedindo dinheiro "emprestado") até pessoas que se passam por bancos pedindo dados para "confirmação de cadastro".
Recentemente, existem golpistas que se passam até mesmo pelo Ministério da Saúde com o intuito de fazer uma "pesquisa". Tudo isso com a finalidade de arrancar das vítimas informações preciosas, que vão desde número de telefone, CPF, endereço e outros dados.
Alguns golpes, no entanto, são mais comuns e podem ser identificados rapidamente. Confira:
1. Agências bancárias
Um dos golpes mais conhecidos são por meio de supostas agências bancárias (e que muitas vezes podem ser bancos dos quais você seja cliente, de fato). O contato pode ser via telefone, e-mail ou aplicativos de mensagem. O "atendente" afirma que precisa confirmar seus dados e pedem que você diga todo o seu CPF ou número do cartão.
Se você receber um contato semelhante, deve ficar muito atento. Os bancos possuem mecanismos de confirmação próprios, como pedir os últimos dois dígitos do seu CPF, e nunca irão te pedir o número do cartão de crédito.
Leve em consideração que o banco jamais entra em contato com os clientes de maneira não solicitada, então, se você receber qualquer oferta de investimentos ou aplicações, tenha dois pés atrás antes de confirmar qualquer coisa.
2. Notificações falsas
Outra forma bastante comum de golpe online é por meio de falsas notificações, podendo ser via SMS, aplicativos de redes sociais ou via e-mail. O golpe pode ser aplicado usando o nome de grandes companhias de entrega de comida, oferecendo descontos especiais caso você clique em um link.
Essas empresas, que podem fazer anúncios via SMS, dificilmente enviam links suspeitos. A maneira de identificar pode ser a seguinte: se o link não possui o nome da empresa, e sim algo semelhante a "bit.ly" (um encurtador de URLs, que pode esconder a verdadeira página de destino que você encontrará antes de clicar), evite clicar.
Por meio desses links não-oficiais, o golpista pode acabar instalando malwares no seu celular ou computador, clonando dados ou o seu aparelho completamente.
3. Downloads
Semelhante ao golpe acima, alguns golpistas agem por meio de downloads maliciosos, que também têm o objetivo de hackear o seu celular ou computador. Nesse caso, vale tudo: download de fotos, vídeos, ou alguma "empresa" que manda algo para você abrir.
Portanto, antes de clicar em qualquer coisa, lembre-se de checar o remetente, se ele está listado na sua agenda de contatos (no e-mail, ou no celular) e se a fonte parece confiável. Algumas plataformas de mensagens eletrônicas podem avisar que aparenta ser um conteúdo malicioso, então, leve isso em consideração.
4. Confirmação de código
A "cereja do bolo" dos golpes online é na “confirmação de códigos” enviados. O golpista, já em contato com a vítima, diz que foi enviada uma solicitação de confirmação por algum aplicativo ou via SMS. E, então, quando é concedido, a invasão é feita. É dessa maneira que muitos aplicativos de mensagens são clonados, e o golpista realiza outras lesões em amigos e familiares da primeira vítima, se passando por ela pedindo por dinheiro emprestado, por exemplo.
Nesses casos, duas coisas devem ser feitas: a primeira é nunca ceder qualquer código para um serviço não solicitado. O segundo é, se você acabou confirmando o tal código, avisar imediatamente que seus contatos bloqueiem e não acreditem em supostas mensagens enviadas por você solicitando ajuda financeira.
Como se prevenir contra golpes na internet
Além de saber identificar o golpe e não cair nele (que, convenhamos, pode ser bastante difícil, mas é possível), é importante que você saiba quais medidas tomar para o momento em que for lesado de alguma maneira. Algumas dicas rápidas podem ajudar, como:
- Não aceitar ligações ou mensagens de números que não conheça;
- Adaptar os seus aplicativos e redes sociais para verificação em dois passos, de maneira que, caso o golpista acesse, seja bloqueado por uma outra senha;
- Avisar amigos e familiares imediatamente, para que eles não caiam em golpes de pessoas se passando por você;
- Realizar um Boletim de Ocorrência e consultar uma delegacia para denunciar crime cibernético; e
- Entrar em contato com bancos e prestadoras de serviços, solicitando o bloqueio de cartões de crédito ou a emissão de um novo.
Lembre-se que o tempo de ação para essas medidas conta muito para que você não tenha maiores transtornos. Ou seja, quanto mais rápido você realizar denúncias, menos perdas terá.
Além disso, é válido destacar que todo e qualquer contato com empresas e prestadoras de serviço devem ser realizados via canais oficiais. Portanto, recuse qualquer oferta que não venha diretamente de fontes confiáveis, ou emissões de 2ª via de boletos em outra plataforma que não seja, por exemplo, a do seu plano de saúde.